Mercado do café na América Latina: comércio e sustentabilidade

O mercado do café é um dos setores mais importantes da economia global, especialmente na América Latina, onde a produção e exportação contribuem bastante para o desenvolvimento socioeconômico local. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), são quatro as regiões produtoras cafeeiras mundiais: Ásia & Oceania, México & América Central, África e América do Sul.

No período de outubro de 2022 a outubro de 2023, a produção mundial foi de 171,3 milhões de sacas de 60 kg (site do Governo Brasileiro com informações da OIC). Desse total, 122,98 milhões de sacas de 60kg foram exportadas.

Ainda segundo a OIC, América do Sul é a maior produtora, com 41,1% do total exportado, seguida de Ásia & Oceania (35,4%), México & América Central (12,4%) e África (11,1%).

Nos últimos anos, também tem havido um aumento na conscientização sobre a importância do comércio justo e da sustentabilidade no setor do café, com consumidores e empresas buscando garantir que a produção e o comércio não prejudiquem o meio ambiente e que os produtores recebam uma remuneração justa pelo seu trabalho.

Produção de café na América Latina

A América Latina lidera a produção de café do mundo, com países como Brasil, Colômbia, Honduras e Guatemala sendo os principais. Isso porque a localidade conta com condições climáticas favoráveis, solo fértil e tradição na produção, o que a torna um importante player no mercado global.

No período de janeiro a outubro de 2023, foram exportadas 30,624 milhões de sacas de 60kg de café brasileiro, as quais proporcionaram uma receita cambial de US$ 6,4 bilhões (Ministério da Economia).

Contudo, apesar dos benefícios econômicos da produção de café na América Latina, há preocupações crescentes sobre os impactos ambientais associados à agricultura, já que o uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes pode levar à contaminação do solo e da água, além de contribuir para a perda de biodiversidade e desmatamento.

Além disso, as mudanças climáticas representam uma ameaça adicional para os cafeicultores, com eventos climáticos extremos, como secas e tempestades, afetando a produção de café em toda a região.

Diante dessas preocupações, o comércio justo visa garantir que os produtores recebam um preço legítimo pelo seu café, permitindo-lhes viver com dignidade e investir em suas comunidades. Além do mais, o comércio justo promove práticas agrícolas sustentáveis, como o cultivo orgânico e a conservação dos recursos naturais.

Para ajudar os consumidores a identificarem o café produzido de forma sustentável e comércio justo, várias certificações foram desenvolvidas, como o Fair Trade, o Rainforest Alliance e o UTZ Certified. Elas garantem que o café foi produzido de acordo com padrões sociais, ambientais e econômicos rigorosos, e que os produtores receberam um preço justo pelo seu produto.

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Desafios e oportunidades para a cafeicultura

Muitos pequenos produtores também enfrentam dificuldades para obter certificações devido aos altos custos e à burocracia envolvida, assim como a concorrência de grandes empresas e a volatilidade dos preços no mercado global representam desafios adicionais para os produtores de café.

Afinal, vale lembrar que, à medida que os consumidores se tornam mais conscientes sobre as origens de seus produtos e os impactos de suas escolhas de consumo, há uma oportunidade única para promover uma cadeia de suprimentos de café mais justa, transparente e sustentável.

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