China, EUA e Alemanha lideram as importações brasileiras no primeiro semestre

Relatório da Descartes, por meio de seu produto Descartes DatamyneTM, mostra dados sobre a movimentação no primeiro semestre deste ano


Publicado em: 04/08/2023 às 12:50hs

China, EUA e Alemanha lideram as importações brasileiras no primeiro semestre

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil apresentou um superávit de US$ 45 bilhões entre janeiro e junho deste ano. Focado nesse mercado, o Grupo Descartes System, líder global na união de negócios intensivos em logística no comércio, por meio de seu produto Descartes DatamyneTM - provedor da maior base de dados de trade pesquisável do mundo, cobrindo o comércio global de 230 mercados em cinco continentes, acaba de divulgar dados sobre as importações no primeiro semestre de 2023.

A China aparece liderando pelo segundo ano consecutivo como o país que mais exportou para o Brasil ao longo do primeiro semestre de 2023. No ano passado, o volume correspondeu a US$ 27,9 bilhões (21,57% no total); este ano, o volume foi de US$ 25,5 bilhões (21,17% do ranking total). "De acordo com o nosso levantamento, do total de importação de produtos chineses, mais de 8% são de componentes eletrônicos e semicondutores. Em detrimento da Guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil foi fortemente afetado com a crise dos chips para inserções, principalmente para a indústria automobilística. Vale ressaltar que diversas entidades governamentais estão buscando soluções, como por exemplo, construção de fábricas especializadas na produção de semicondutores para suprir esta demanda", afirma Helen Abdu, Responsável por Datamyne na América Latina. Vide figura abaixo PauseUnmuteCurrent Time 0:27/Duration 0:30Loaded: 100.00%Fullscreen

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Legenda: Produtos mais importados da China

Completando a lista, os Estados Unidos aparecem em segundo lugar no ranking. O país também registrou uma queda no volume de importações para o Brasil: US$ 25 bilhões (19,2% do total) de 2022 frente aos US$ 19,6 bilhões deste ano (16,29%). Já no terceiro lugar, como destaque, podemos evidenciar a Alemanha que passou a exportar mais para o Brasil no primeiro semestre, inclusive substituindo a Argentina. No mesmo período de 2022, o país europeu registrou volume de US$ 5,8 bilhões (4,50% do total), sendo que em 2023 o volume subiu para US$ 6,5 bilhões (5,47% do total). Utilizando o valor FOB como base, enxergamos uma base de crescimento em torno de 13%.

Seguindo o ranqueamento, alguns países mudaram de posição, fazendo com que o ranking seja, respectivamente: Argentina, Rússia, Índia, Itália, França, México e Japão completam a lista. Vide figura abaixo

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Legenda: Ranking dos 10 principais países que exportaram para o Brasil

A pesquisa também levou em consideração quais os produtos por código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) foram os mais importados durante o primeiro semestre do ano. A liderança foi dos combustíveis e óleos minerais de petróleo (código NCM 27090010,) correspondendo a 3,84%, com uma movimentação de US$ 4,6 bilhões. Em segundo lugar no ranking, de janeiro a julho deste ano, o óleo diesel (código NCM 27101921), representou 3,66% do total (US$ 4,4 bilhões); 

Para fechar a lista, em terceiro lugar, aparecem os fertilizantes (Código NCM 31042090), que corresponderam a 2,13% (US$ 2,5 bilhão). "Nós visualizamos que existe uma pulverização clara nos produtos importados no Brasil. Fertilizantes químicos e óleos combustíveis do petróleo acabam liderando, mas produtos da indústria da transformação também ganham uma representatividade neste levantamento" complementa Abdu. Vide figura abaixo

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Legenda: Código de Importação de Produtos ao longo do primeiro semestre de 2023

De acordo com a especialista da Descartes, há um cenário de queda de preços no mercado internacional por conta das condições econômicas globais. “Apesar da balança comercial positiva, flutuações na economia mundial, recessões e desacelerações econômicas em grandes países devem afetar a demanda por produtos e levar a uma queda nos preços, principalmente para commodities energéticas, como petróleo. Nós também estimamos o cenário internacional com algumas incertezas ao longo do segundo semestre, portanto estamos sujeitos às oscilações de variação cambial por todo o período, o que pode afetar diretamente a nossa balança comercial”, finaliza a executiva.