Demanda global por renováveis e baterias impulsiona exportações de lítio do Brasil

Levantamento do Grupo Descartes Systems aponta crescimento de quase 40% nas vendas para o mercado externo nos últimos dois anos

Unsplash
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A alta demanda global e políticas de incentivo a fontes de energia renovável e mobilidade elétrica tem impulsionado as exportações de lítio do Brasil, mostra pesquisa realizada pelo Grupo Descartes Systems, empresa de soluções de logística.

O levantamento aponta que em 2020, o País exportou, aproximadamente, o valor de FOB US$ 2,6 milhões em baterias de íons de lítio. (FOB: sigla para free on board representa a categoria de frete em que toda a responsabilidade é do cliente, incluindo os riscos e custos da mercadoria).

Já em 2022, o Brasil aumentou sua exportação em aproximadamente 38,6% no valor FOB e atingiu a quantia de US$ 3,62 milhões. Conforme a pesquisa, os países que mais importaram o minério do País foram Estados Unidos, México, Romênia e Vietnã.

A responsável pelas soluções Global Trade Intelligence da Descartes na América Latina, Helen Abdu, detalha que, durante a pandemia de Covid-19 e com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o mercado de componentes eletrônicos ficou escasso.

“O Brasil possui um grande papel, pois visualizamos que ele cresce em número de exportação do elemento. Portanto, essa enorme capacidade do país deve chamar ainda mais a atenção de diversos segmentos que utilizam o material para o desenvolvimento de produtos", aponta a especialista.

“Deste modo, caso consigamos traçar um cenário favorável para a produção e desenvolvimento interno do lítio, políticas voltadas para a transição energética e crescimento da demanda, podemos afirmar que o Brasil pode se tornar um grande exportador mundial", assinalou Abdu.