PORTO DE SANTOS É DESTAQUE NO COMÉRCIO INTERNACIONAL, DE ACORDO COM RELATÓRIO DA DESCARTES


O Porto de Santos foi o que mais importou e exportou cargas no primeiro trimestre de 2023, com 36,8% de todo o volume – o equivalente a mais de US$ 16,6 bilhões. No mesmo período do ano passado, esse recinto alfandegário também ocupou o primeiro lugar no ranking das importações e das exportações, com 36,9%, número que corresponde a US$ 16,9 bilhões.

Os dados foram divulgados pelo Grupo Descartes System, líder global na união de negócios intensivos em logística no comércio, por meio de seu produto Descartes DatamyneTM – provedor da maior base de dados de trade pesquisável do mundo, cobrindo o comércio global de 230 mercados em cinco continentes. O documento trouxe dados sobre as importações e exportações realizadas no primeiro semestre de 2023.

“A localização estratégica do Porto de Santos, próximo a grandes centros urbanos e à região produtora de commodities agrícolas, faz dele um dos mais importantes da América Latina. Nos últimos quatro anos, o crescimento acumulado foi de 22%, considerando o montante de 133,2 milhões de toneladas movimentadas em 2018 – o que representa um crescimento anual de 5,1%. A tendência é que o volume aumente ainda mais nos próximos anos”, afirma Helen Abdu, Responsável por Datamyne na América Latina.

Depois do Porto de Santos, aparece o Porto de Paranaguá em seguida, tendo importado 9,76% do total de cargas, o que corresponde a 4,4 bilhões. No ano passado, esse recinto alfandegário respondeu por 10,17% do total de importações, o que significa movimentação equivalente a 4,6 bilhões. O local se consolida como entreposto fundamental para o desenvolvimento econômico do Paraná e até do Brasil. É o maior porto exportador de produtos agrícolas do Brasil, com destaque para a soja em grão e o farelo de soja.

Em seguida, aparece o Porto de Itajaí (SC), com 8,4% e quase US$ 3,7 bilhões de movimentações nos três primeiros meses de 2023; no mesmo período do ano passado, esse porto correspondeu a 8,53% do total das cargas movimentadas, o que significa US$ 3,9 bilhões.

“O porto em Santa Catarina é um dos principais ativos do país em movimentação de cargas conteinerizadas. O complexo portuário movimenta mais de 70% da corrente de comércio de Santa Catarina e quase 5% do total nacional”, comenta Helen.

Este ano, o quarto porto mais movimentado no Brasil foi o de São Francisco do Sul (RS), respondendo por 6,03% das importações e exportações (US$ 2,7 bilhões), enquanto no ano passado, o quarto lugar foi ocupado pelo Porto do Rio de Janeiro (RJ), que respondeu por 6,9% e por U$S 3,1 bilhões. O Porto de São Francisco do Sul se destaca na região Sul como um dos terminais principais para o escoamento de produtos por conta de sua localização privilegiada, que facilita a conexão com os principais mercados mundiais.

Esses dois portos trocaram de posição de um ano para o outro, já que o do Rio aparece em quinto lugar do ranking em 2023, com 5,47% do total de movimentações (US$ 2,4 bilhões), enquanto no ano passado, esta posição foi ocupada pelo Porto de São Francisco do Sul, com 5,6% (US$ 2,6 bilhões).

Os bons resultados alcançados pelo Porto de São Francisco do Sul em 2023 são frutos de investimentos em infraestrutura realizados nos últimos anos. O terminal conta com equipamentos modernos e eficientes para a movimentação de cargas, além de uma equipe altamente capacitada.

Por fim, o relatório aponta ainda outros importantes portos no ranking dos três primeiros meses de 2023. Eles são, nesta ordem: Salvador (BA), Manaus (AM) e Vitória (ES). Em 2022, foram, nesta ordem: Salvador (BA), Vitória (ES), Manaus (AM) e Itaguaí (RJ).

“Os portos desempenham um papel fundamental na balança comercial de um país e em seu desenvolvimento econômico. Isso porque eles são importantes geradores de empregos diretos e indiretos: além dos trabalhadores portuários, muitos outros setores dependem das atividades portuárias para suas operações Entre eles, transportadoras, agentes de carga, despachantes aduaneiros e empresas de logística. Observar o crescimento e a movimentação das cargas é essencial para medirmos o potencial de crescimento do país”, finaliza Helen Abdu.