Como as Novas Regras do IOF Podem Virar Oportunidade no Comex

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal brasileiro que incide sobre diversas operações, como crédito, câmbio, seguros ou investimento. Mas qual o significado do IOF na prática? Além de ser uma importante fonte de arrecadação do governo, o IOF é usado como instrumento de política econômica; suas alíquotas podem ser ajustadas para controlar a inflação e regular a quantidade de dinheiro em circulação.

Entender como calcular o IOF corretamente é essencial para empresas de comércio exterior que lidam com operações financeiras transnacionais. Em 2025, o governo brasileiro implementou novas regras do IOF que alteraram significativamente as alíquotas em várias modalidades. Essas mudanças do IOF hoje, visam uniformizar a tributação, corrigir distorções e reforçar o caixa do governo para cumprir metas fiscais. No entanto, elas também geram dúvidas e preocupações no mercado de logística internacional e Comex: afinal, aumentos de impostos podem elevar custos operacionais e reduzir margens de lucro.

A boa notícia é que, com planejamento e informação, essas mudanças do imposto IOF podem virar oportunidade!

Diferente de impostos incidentes diretamente sobre mercadorias (como imposto de importação ou (ICMS)), o imposto IOF incide sobre operações financeiras associadas às transações. O Ministério da Fazenda monitora o volume de certas operações e pode ajustar a alíquota – ou como calcular o IOF – para esfriar ou estimular atividades econômicas. No comércio exterior, manter algumas alíquotas de IOF reduzidas tem sido uma estratégia para incentivar exportações e investimentos estrangeiros, tornando o país mais competitivo.

Em resposta à repercussão negativa, o governo confirmou que operações de câmbio relacionadas diretamente à importação e exportação continuam com alíquota zero de IOF. Ou seja, pagar por mercadorias importadas ou converter receitas de exportação não terá incidência de imposto IOF câmbio, preservando a competitividade do comércio exterior brasileiro. Essa exceção indica uma preocupação em não prejudicar o fluxo comercial, concentrando a tributação extra em operações de caráter mais financeiro ou de curto prazo.

A princípio, o aumento de tributos em operações financeiras poderia elevar os custos de transações internacionais, mas, uma análise mais detalhada, mostra um cenário de possíveis oportunidades.

Como mencionado, os pagamentos por importação de bens e recebimentos de exportação permanecem livres de IOF hoje, isso significa que o core das operações de Comex não sofreu tributação adicional. Empresas podem continuar planejando suas cadeias de suprimentos globais sem o fardo extra do IOF nas transações de comércio, mantendo a competitividade de produtos brasileiros no exterior e vice-versa.

Linhas de financiamento à exportação ou programas governamentais especiais (como PROEX) também podem ganhar atratividade por não sofrerem essas tributações. A chave é calcular o IOF embutido em cada opção e privilegiar aquelas com menor impacto no custo efetivo total.

Com uma postura proativa e uso de soluções de inteligência, é possível não só mitigar os impactos do IOF como até descobrir vantagens competitivas. Por exemplo, empresas mais bem preparadas financeiramente podem absorver menos custos ou repassá-los de forma estratégica, ganhando mercado daqueles concorrentes que não se adaptarem.

Em um ambiente dinâmico, onde decretos podem mudar regras do dia para a noite, informação atualizada é o melhor ativo. Ferramentas como as soluções de Global Trade Intelligence da Descartes oferecem exatamente isso: visibilidade completa e dados confiáveis sobre regulamentações, tarifas e tendências globais.

Com esse suporte, empresas de Comex e logística conseguem tomar decisões ágeis e bem fundamentadas, convertendo incertezas em oportunidades. Se sua empresa atua no comércio exterior e quer navegar de forma segura, fale com nossos especialistas e explore o que a inteligência de comércio global pode fazer.